
“The Boys”: está de volta a série de super-heróis para quem odeia super-heróis
Os rapazes estão de volta para a terceira temporada, que chega à Amazon esta sexta-feira, 3 de junho.
Homem-Aranha, Super-Homem, Batman. Os Vingadores, A Liga da Justiça, Os Guardiões da Galáxia. A lista parece não ter fim e a febre dos super-heróis parece ainda não ter chegado ao ponto de saturação. E enquanto as salas continuarem a encher, os fãs irão continuar a ter a sua dose regular de homens duros em fatiotas justas.
Em casa, sentados no sofá, estarão todos aqueles que perderam a paciência com as sequelas atrás de sequelas que invadem os cinemas. Para todos esses, o remédio perfeito chega esta sexta-feira, 3 de junho, à Amazon Prime Video.
“The Boys” arranca assim para a terceira temporada, três anos depois de ter dado início a uma autêntica campanha contra os super-heróis. Curiosamente, a série fez a gestação precisamente no mesmo sítio que deu origem a todos os outros super-heróis, na banda-desenhada, neste caso com o mesmo nome e assinada por Garth Ennis e Darick Robertson — e publicada originalmente pela DC Comics.
O ponto de vista é, no entanto, completamente diferente e refrescante. Todos os filmes e séries sobre pessoas com super-poderes pedem que aceitemos esse cenário irrealista, não só porque existe alguém capaz de voar, de desaparecer ou de destruir carros com um pequeno piparote. Pedem-nos também que reconheçamos que existem heróis e vilões, um mundo a preto e branco. Ora em “The Boys”, o mundo é radicalmente diferente.
Existem homens e mulheres com super-poderes, mas vivem num mundo como o nosso, onde ninguém é cem por cento impoluto ou naturalmente maquiavélico. Os heróis, tal como os comuns mortais, são suscetíveis a invejas e intrigas, a tentações e à corrupção. É um mundo cinzento num mundo de heróis a preto e branco.
A primeira temporada arranca com a vida aparentemente normal de Hughie (Jack Quaid) que vê a sua namorada explodir à sua frente. Com as vísceras espalhadas pela cara, percebe rapidamente que se tratou apenas de mais uma vítima colateral das ações de um dos super-heróis mais famosos do planeta.
Imagine-se o mundo onde habita um Super-Homem ou um Homem-Aranha, visto pela lente de um dos cidadãos, que regularmente veem os seus bens destruídos por culpa das lutas megalómanas do bem contra o mal. Hughie é essa personagem, que nos leva até ao mundo de Os Sete, os sete heróis que são a cara de uma enorme empresa dedicada a usar a sua imagem para fazer dinheiro.
Tal como no nosso mundo, no planeta de “The Boys” os super-heróis são aclamados, fazem filmes atrás de filmes — e escondem uma indústria malévola. Também eles próprios não são impolutos: matam, abusam, enganam.
Do outro lado, Hughie acaba por ser a ponte para a apresentação de um grupo de vigilantes liderado por Billy Butcher (Karl Urban) que procuram desmascarar este grupo de falsos heróis. Pelo caminho há muitas asneiras, muita violência e outros tantos momentos de humor.
Nesta terceira temporada, os acontecimentos retomam a história um ano depois do final do último episódio. Homelander (Anthony Starr) é o vilão de quem todos gostam e procura agora limpar a imagem pública depois de uma relação muito pública com uma heroína que foi desmascarada como uma nazi.
O grupo de vigilantes parece ter acalmado e procurado uma solução menos violenta. Pelo menos até Butcher descobrir que pode levar a luta até Homelander e obter também ele super-poderes, pelo menos durante 24 horas.
Ao elenco habitual juntam-se agora novas personagens como Soldier Boy (Jensen Ackles), Crimson Countess (Laurie Holden) ou Gunpowder (Sean Patrick Flannery). E entretanto, os velhos atores prometem uma série com “três vezes mais sangue” do que a anterior temporada.
Mas há mais: esta temporada abordará aquele que foi um dos maiores sucessos da banda-desenhada original, o Herogasm, que é nada mais nada menos do que um plano engendrado pelos super-heróis para fingirem sair da Terra numa luta contra alienígenas que querem destruir a terra. Na verdade, não existe ameaça nenhuma — tudo não passa de uma desculpa para se refugiarem numa ilha deserta para participarem numa gigantesca orgia alimentada a drogas. “The Boys” é isto.
A série arranca com o lançamento de três episódios logo no arranque. Depois, será exibido um episódio por semana, com o grande final agendado para 8 de julho.
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