
Rússia ataca cidades ucranianas
Depois de, na segunda-feira, Moscovo ter reconhecido a independência das repúblicas separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk, e de ter sido alvo de sanções económicas por parte da União Europeia, EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá e Japão – com a Alemanha a suspender certificação do gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha através do Báltico –, as forças russas atacaram esta madrugada várias cidades em toda a Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a operação com vista a desmilitarizar o país, levando o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, a advertir para uma “invasão em plena escala”, refere a Bloomberg. Já o ministro ucraniano do Interior alertou para ataques contra Kiev com mísseis e instou os cidadãos a refugiarem-se em abrigos.
Numa comunicação ao país, transmitida na televisão, Putin apelou aos soldados ucranianos para que deponham as suas armas e vão para casa. Disse que a Rússia não pretende ocupar o país vizinho, mas que é seu dever “defender-se de quem tornou a Ucrânia refém” – os EUA e os seus aliados que pisaram a “linha vermelha” da Rússia com a expansão da aliança da NATO, sublinha a agência noticiosa.
Numa foto difundida pelo gabinete presidencial ucraniano, é possível ver uma explosão em Kiev às primeiras horas desta quinta-feira, 24 de fevereiro.
“Esta é uma guerra de agressão”, sublinhou Kuleba num tweet. “A Ucrânia irá defender-se e vencer”.
Putin has just launched a full-scale invasion of Ukraine. Peaceful Ukrainian cities are under strikes. This is a war of aggression. Ukraine will defend itself and will win. The world can and must stop Putin. The time to act is now.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 24, 2022