
A extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para os EUA foi aprovada pela Ministra do Interior do Reino Unidos, Priti Patel. Assange tem 14 dias para recorrer da decisão.
A ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, aprovou esta sexta-feira a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos (EUA). Patel afirmou que a extradição não será “incompatível com seus direitos humanos” e que, enquanto estiver nos EUA, “ele será tratado adequadamente”.
Assange pode apresentar um recurso no Tribunal Superior de Londres, nos próximos 14 dias, e adiar o processo de extradição. Em última instância, pode tentar levar o caso ao Supremo Tribunal do Reino Unido. Caso o recurso seja negado, o fundador do WikiLeaks deverá ser extraditado no prazo de 28 dias.
Julian Assange, agora com 50 anos, está detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, desde abril de 2019, após sete anos a viver na embaixada equatoriana, onde se refugiou depois de ter violado as condições da sua liberdade condicional por receio de ser extraditado para os Estados Unidos.
Enfrenta 18 acusações nos EUA por ter divulgado no portal da WikiLeaks milhares de documentos militares e diplomáticos confidenciais, em 2010 e 2011.
A wikiLeaks já veio afirmar, em comunicado, que “este é um dia negro para a liberdade de imprensa e para a democracia britânica”, insistindo que Assange, “não fez nada de errado” e que estava a “ser punido por fazer o seu trabalho”.