
O Presidente da República considerou, esta terça-feira, que tudo o que seja feito para investigar abusos sexuais na Igreja “é muito importante para a democracia e para a sociedade portuguesa”.
Marcelo Rebelo de Sousa pediu, por isso, “toda a transparência” neste domínio no âmbito da comissão independente, criada em janeiro, que está a investigar as denúncias, recordando que a referida comissão teve e tem o seu “alto patrocínio”. A comissão fez esta terça-feira o balanço dos seus primeiros três meses, anunciando que já validou 290 testemunhos,
“Dentro de dias”, afiançou que estará presente numa reunião com a comissão, onde será apresentado o balanço da investigação face aos dados já recolhidos. Marcelo Rebelo de Sousa abordou o caso em resposta aos jornalistas, na Fundação de Serralves, numa conferência de imprensa em que esteve presente o Presidente da República da Bulgária, Rumen Radev, que esta terça-feira iniciou no Porto uma visita de dois dias a Portugal.
Na apresentação do balanço da comissão independente, o o antigo ministro da Justiça Laborinho Lúcio, membro da comissão, avançou que, entre os 290 testemunhos de abusos validados, 16 ainda não prescreveram e foram já remetidos para o Ministério Público.