
Ao 116.º dia de guerra, Zelensky não deixou passar em branco o Dia do Pai, homenageando todos aqueles que lutam para defender “o futuro da família, dos filhos e de toda a Ucrânia”. De Severodonetsk, palco de violentos combates, chega a notícia de que os civis e militares retidos na fábrica Azot recusam render-se. Entretanto, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa exigiu o fim das violações no país, descrevendo-as como uma “tática de guerra”.
– Vários mísseis russos atingiram uma fábrica de gás no distrito de Izium, no leste da Ucrânia, disse o governador da região de Kharkiv, Oleh Synehubov.
– O secretário-geral da NATO avisou, numa entrevista publicada este domingo no diário alemão “Bild”, que a guerra na Ucrânia pode durar anos e exortou os países ocidentais a manterem o apoio a Kiev.
– O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que as principais democracias do Grupo dos Sete deixarão claro, na próxima cimeira, que a Ucrânia pode esperar receber o apoio de que precisa “pelo tempo que for necessário”.
– A Ucrânia está a perder territórios e a lutar para recuperá-los desde que a Rússia começou a concentrar os seus ataques militares no leste do país, disse a deputada ucraniana Ivanna Klympush-Tsintzadze, que espera que a situação militar no leste da Ucrânia mude em breve.
– A Alemanha vai adotar medidas de emergência para garantir a segurança do abastecimento face à redução nas entregas de gás russo, nomeadamente reforçando a utilização das centrais a carvão para produção de eletricidade, anunciou o Governo.
– A Rússia denunciou o bloqueio parcial pela Lituânia do trânsito de mercadorias para o enclave báltico de Kaliningrado, que descreveu como uma violação do direito internacional por parte deste país e da União Europeia (UE). “Como país membro da UE, a Lituânia, no âmbito das sanções, viola uma série de atas internacionais juridicamente vinculativas que afetam não apenas as obrigações da Lituânia, mas também da União Europeia como um todo”, disse o vice-presidente do Senado russo, Konstantin Kosachov, no Telegram.
– O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinalou o Dia do Pai, este domingo, com a partilha de uma série de fotografias de pais ucranianos com os seus filhos. “Ser pai é uma grande responsabilidade e felicidade. É força, sabedoria, motivação para seguir em frente e não desistir. E não importa o quão difícil seja proteger e defender o mais precioso. O futuro da família, dos filhos e, portanto, de toda a Ucrânia”, escreveu nas redes sociais.
– A situação nos arredores de Kharkiv, no norte da Ucrânia, tem vindo a degradar-se, com as forças de Moscovo a tentarem nova aproximação. “A Rússia está a tentar fazer de Kharkiv uma cidade na linha de frente”, disse Vadym Denysenko, assessor do ministro do Interior, à televisão nacional da Ucrânia.
– A companhia aérea japonesa de baixo custo Zipair Tokyo Inc. anunciou que vai alterar o seu logótipo, que tem a letra Z – símbolo pró-guerra frequentemente visto em veículos militares russos – para evitar mal-entendidos.
– O papa Francisco pediu à comunidade internacional para não esquecer o drama que vive o povo “mártir” da Ucrânia, após quase quatro meses de invasão militar russa, bem como a violência que destrói Myanmar.
– A presidente da Moldova, Maia Sandu, promulgou este domingo uma lei que proíbe a transmissão televisiva de noticiários feitos na Rússia devido à onda de propaganda instigada pela campanha militar russa na Ucrânia. “A lei foi promulgada pela presidente e, provavelmente, na próxima sexta-feira será publicada e entrará em vigor”, disse a chefe do Conselho de Rádio e Televisão da Moldova, Liliana Vitu.
– A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) exigiu este domingo o fim das violações e outros crimes sexuais na Ucrânia, classificando-os como “tática de guerra” e pedindo à Rússia que ponha fim às hostilidades. “Estou chocada com os relatos contínuos de violência sexual contra mulheres e meninas, incluindo violação, tortura, tráfico e exploração sexual, que ocorrem na Ucrânia e noutras outras zonas de conflito”, referiu a secretária-geral da OSCE, Helga Maria Schmid.
– O Parlamento ucraniano aprovou uma lei que proíbe a transmissão na rádio e na televisão e a apresentação em espaços públicos de música de artistas russos, assim como a importação de livros russos, noticia a imprensa ucraniana.
– Civis e militares ucranianos entrincheirados na fábrica de produtos químicos Azot, na cidade de Severodonetsk, continuam a sofrer bombardeamentos russos, mas recusam ser retirados, garantiram este domingo as autoridades locais. “Propusemos muitas vezes aos civis serem retirados, mas eles não querem“, adiantou o governador da região leste de Lugansk, Sergey Haidai, citado pela agência de notícias EFE.