
O acidente do novo “Jackass” que deixou Johnny Knoxville com “danos cerebrais”
Os ossos partidos não foram a única sequela da manobra perigosa criada para o novo filme.

Quem diria que isto ia correr mal?
“Foi a pior cacetada que levei de um touro. Ou que levei em toda a minha vida”, explica o ator que fez de “Jackass” um fenómeno mundial. Aos 50 anos, Johnny Knoxville é o líder de um gangue que se fez famoso por se colocar em situações altamente perigosas — e divertidas.
Mais de dez anos depois — e já não tão jovens como antigamente —, o grupo voltou a juntar-se para produzir “Jackass Forever”, que irá chegar aos cinemas a 4 de fevereiro. Só que, como seria de esperar, nem tudo correu bem.
Numa das já clássicas manobras de Jackass, Knoxville voltou a colocar-se no ringue com um touro. Resultado? Um pulso partido, várias costelas partidas e uma concussão cerebral. O momento surge por breves segundos no trailer do filme.
“Sofri uma hemorragia cerebral e as minhas capacidades cognitivas têm vindo a diminuir desde a pancada”, explica. Teve 17 pontos em 100 num teste à sua capacidade de concentração.
“Tive que ser sujeito a todo o tipo de tratamentos, estimulação magnética no crânio, onde andam a volta da minha cabeça com uma série de ímanes. Fiz para aí 10 a 12 tratamentos em dois meses. Deveriam ter ajudado com a depressão e com as minhas capacidades cognitivas.”
A lesão complicou todo o processo de finalização do filme. “O meu cérebro pregava-me partidas, entrava em depressão profunda, focava-me demasiado nas coisas”, conta. Foi mesmo necessário recorrer a antidepressivos para voltar ao normal.
O tempo e a medicação ajudaram. A poucos dias da estreia do filme, afirma sentir-se saudável, mas foi avisado pelos médicos que não pode, de forma nenhuma, sofrer mais pancadas na cabeça.
“Eu sabia quando me aventurei a fazer este filme, que quando terminasse, não poderia voltar a colocar-me em situações que poderiam mudar a minha vida de vez. E depois desse acidente com o touro, pensei ‘bem, acho que ja fiz o suficiente’. Já não tenho nada a provar e ainda estou na posse de todas as minhas faculdades. Não preciso de fazer mais manobras perigosas.”