
Jorge Palma, que atuou recentemente no Porto e em Lisboa, e que no próximo dia 16 de dezembro voltará a tocar na capital, falou sobre a sua relação com o piano, instrumento que estudou no Conservatório de Música, e garantiu nunca se ter fartado do mesmo.
“Nunca tive esse tipo de sentimento”, garante o músico português em entrevista ao jornal “inevitável”. “[Nos anos 90] virei-me para o grunge e entrei numa onda de noctívago outra vez, boémia… Sex and drugs and rock n’roll. Quer dizer, drogas nem por isso… Mas foram anos em que demos imensos concertos e até há um disco, ‘Palma’s Gang ao Vivo no Johnny Guitar’, que era um bar onde eu e os outros compinchas aterrávamos todas as noites”, refere. “Os anos 90, a partir de 92, foram muito rock n’roll. Essas ondas depois passam.”
Na mesma entrevista, Jorge Palma afirma preferir escrever à noite. “Não há interferências, às quatro da manhã ninguém te telefona e não há coisas para fazer lá fora”, justifica, confessando ainda: “Sou melhor a musicar poemas, textos já escritos, ao contrário do Sérgio Godinho, que é fantástico a encaixar as letras na música.”
Jorge Palma apresenta o espetáculo “70 Voltas ao Sol” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a 16 de dezembro, e é esta quinta-feira um dos convidados da banda Desconectados no festival The Great Lisbon Club, que acontece no bairro da Graça, em Lisboa, até domingo.