
Elon Musk
“Pelos vistos, não gosta que alguém entretenha ordem no faroeste digital”. Mas a Comissão Europeia está mesmo tentando colocar a ordem.
Elon Musk será o novo dono do Twitter e esse assunto espalha-se pelo mundo.
Em diversos países, diversos espaços de informação ou debate, as questões multiplicam-se: qual será a real intenção do milionário? Como será o Twitter a partir de agora? Existem reacções de outras plataformas de rede social?
Também já houve reacções dentro da Teslaempresa dedicada a carros elétricos que também a Mus: como os carros foram realizados mais de 2% e os investidores temem que a Tesla passe para segundo plano, na lista de pertences.
Por cá, as reacções também se multiplicam e, na manhã desta quarta-feira, Francisco Sena Santos começou por dizer que a internet tem sido um “mundo à parte, um faroeste sem lei, sem limites”.
Na rádio Antena 1o jornalista destacou Donald Trump. O antigo presidente dos Estados Unidos da América utilizou como redes sociais para exportar uma “catadupa de aldrabices”; e depois foi castigado nas descobertas, quando perdeu para Joe Biden.
Pelo meio, a “atmosfera de ódio” que Trump criou foi fundamental para a invasão ao Capitólio, no início do ano passado.
Sena Santos fala de Donald Trump para fazer a ligação a Elon Musk: “Há uma criatura, Elon Musk, que diz ser um absolutista da liberdade de expressão. Defende que toda a gente deve poder dizer o que lhe apetecer, mesmo que isso que queira dizer seja uma mentira que fachada parte de um plano de manipulaçãode conspiração”.
“Ou seja”, contínuo o cronista, Musk está entre os que defendem que “qualquer Trump deve poder dizer o que lhe apetecermesmo que isso seja manipular, espalhar falsidades, distorcer a realidade”.
O multimilionário “parte do fato de ser o homem mais rico do mundo para julgar que esse poder abre portas a todos os caprichos. Conseguiu, em três semanas, Conseguiu dar a volta aos diversos mecanismos de regulação e ampliar o poder que tem, ao comprar a plataforma mais utilizada no jornalismo e na polícia”, descrita.
Sena Santos destaca que esta compra não é um negócio para ganhar dinheiro, porque Musk, segundo a prioridade é que o Twitter seja a praça pública, com absoluta expressão de liberdade, sem censuras.
“A questão é que Elon Musk confunde censura com moderação. Pelos vistos, não gosta que alguém entretenha ordem no faroeste digital”, criticou Sena Santos, que se centrou depois na Comissão Europeia.
O documento intitulado Lei de Serviços Digitais é um “arsenal legislativo” para combater os abusos publicados na internet. Pretendem que as plataformas eliminem outros crimes ilegais e perigosos, ou por incentivarem a violência e o racismo, ou por promoverem outros crimes ilegais.
“É um mecanismo de controle que ainda será testado. Mas há quem cair já não é outro, como Musk, que também pode ser levado a cabo por Francisco Sena Santos, de “uma Rússia que prende a liberdade de expressão”.
SOS Racismo e Amnistia Internacional
A SOS Racismo também reagiu a este negócio e deixou um aviso: esta compra não está relacionada com liberdade de expressão; está relacionado com dinheiro, só.
“Não nos podemos deixar altruísmo em relação à suposta benignidade da sua motivação. Não nos enganemos, não nos está a tentar libertar da máquina da censura. Está a tentar ganhar dinheiro“, declara a entidade, na CNN Portugal.
A Amnistia Internacional lançou outro alerta: “A última coisa que precisamos é que o Twitter prende os olhos aos discursos violentos”.