
Já não é preciso esperar 14 dias entre a toma das vacinas contra gripe e Covid-19
Podem ser tomadas ao mesmo tempo ou o utente pode optar por ser vacinado em dias diferentes, com qualquer intervalo.
“Casa aberta” para idosos com mais de 80 anos durante o fim de semana.
Até agora, os utentes que optassem por tomar as vacinas em dias diferentes tinham que esperar, no mínimo, 14 dias “em relação à administração da vacina contra a Covid-19”. A Direção-Geral da Saúde atualizou, esta sexta-feira, dia 12 de novembro, a norma relativa à vacinação em curso contra a gripe e o coronavírus. De acordo com o documento, “o utente pode optar por uma administração em dias diferentes (com qualquer intervalo)”.
Neste momento já foram vacinadas cerca de 30 por cento dos um milhão e meio de pessoas com mais de 65 anos que estão elegíveis para a terceira dose. O secretário de Estado António Lacerda Sales afirmou esta sexta-feira, 12 de novembro, que Portugal já administrou um milhão de vacinas contra a gripe e 450 mil doses de reforço contra a Covid-19.
Lacerda Sales afirma que a vacinação já não acontece ao ritmo a que aconteceu no início do processo: “Estamos a fazer um esforço para chegar a todos e não deixar ninguém para trás”, garante o secretário de Estado. De relembrar que este fim-de-semana os centros de vacinação estão em regime “casa aberta” para idosos com mais de 80 anos.
“Não precisam de marcação, não precisam de SMS, vão ao centro de vacinação mais próximo”, disse Carlos Penha-Gonçalves, o coronel que está no terreno a orientar a vacinação contra a Covid-19. O plano é distribuir doses de reforço a todas as pessoas a partir dos 65 anos até 19 de dezembro. O coronel afirma ainda que não sabe quando terminará a transição da vacinação contra a Covid-19 dos centros de vacinação para os centros de saúde, mas será um processo por etapas.
Nas últimas 24 horas, registaram-se 3 mortes e 1.751 novos casos de infeção pelo vírus da Covid-19 em Portugal. É o valor mais alto desde 8 de setembro, quando se registaram 1.778 novas infeções. Na matriz de risco da pandemia, Portugal continua no vermelho, onde se encontra desde quarta-feira. A incidência não chegava a valores tão elevados desde 22 de setembro e o R(t) desde 14 de julho.