
Covid-19: Alemanha também quer tornar vacina obrigatória a partir de fevereiro
A obrigatoriedade ainda terá de ser debatida no Parlamento e avaliada por uma comissão de ética.
Vacina poderá ser obrigatória da Alemanha.
A partir de fevereiro, Alemanha também quer tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória. O anúncio foi feito esta quinta-feira, 2 de dezembro por Angela Merkel, citada pela Reuters no jornal “Público”. Depois da Áustria e da Grécia, a Alemanha é o terceiro país europeu a debater a obrigatoriedade da vacina.
O governo ainda liderado por Merkel vai instituir a vacinação obrigatória em fevereiro, além de aplicar outras restrições, nomeadamente na entrada em lojas, restaurantes ou museus, naquilo que a chanceler diz ser um “ato de solidariedade nacional”. As medidas ainda têm de ser aprovadas no parlamento antes de entrarem em vigor.
Os países de língua alemã têm chamado a atenção nos últimos dias pelo seu elevado número de infecções por coronavírus, e a baixa taxa de vacinação, batendo recordes entre os países da Europa Ocidental, quando a Europa está no epicentro da pandemia. “A situação é muito grave e precisamos de tomar mais medidas, além das que já tomámos”, disse Merkel, em conferência de imprensa.
O país vai também impor medidas mais restritivas para os não vacinados (e que não tenham tido Covid-19 há pouco tempo). “Cultura e lazer estarão apenas disponíveis para os que tiverem sido vacinados ou recuperados”, explicou a chanceler. Quem não estiver vacinado vai também ser impedido de contactar com pessoas que não façam parte do agregado familiar.
O país enfrenta uma nova onda da pandemia e tem um número elevado de não vacinados: a taxa de pessoas imunizadas com o esquema vacinal completo não chega a 70 por cento.
Confira as medidas aprovadas pelo governo alemão:
— vacinação obrigatória a partir do fim de fevereiro;
— restrições de contactos para pessoas não vacinadas;
— entradas em lojas, restaurantes, museus e cinemas vão ser limitadas a pessoas vacinadas ou recuperadas;
— testes adicionais para quem já estiver vacinado;
— limitação de eventos ao ar livre a 15 mil pessoas;
— limitação de eventos no interior entre 30 por cento a 50 por cento da capacidade do edifício. Estes eventos não devem exceder os cinco mil participantes;
— bares e discotecas de zonas onde a incidência seja superior a 350 casos por 100 mil habitantes vão fechar;
— máscara passa a ser obrigatória nas escolas.