
Sankofa é um pássaro mitológico com origem na tribo Akan, cujas representações o mostram sempre com a cabeça virada para trás. E é assim que avança: de olhos postos no passado, nele recolhendo ensinamentos para o seu caminho presente e futuro. Sankofa é uma referência constante ao longo de Cosmos, o segundo espectáculo de uma trilogia que Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema apresentam no Teatro Nacional D. Maria II, desta quinta-feira a 3 de Julho, numa revisitação de acontecimentos e pistas passados para projectar um outro futuro, uma História alternativa, uma celebração do dia da grande batalha do Porto de Luanda – o dia em que, de acordo com esta narrativa, o primeiro navio de escravos negros foi impedido de cruzar os mares, alterando para sempre o mundo em que vivemos.