
A residência oficial do cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, sede do Consulado, foi assaltada e o diplomata Luís Gaspar da Silva e os seus familiares foram feitos reféns.
O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu à Lusa que o cônsul-geral português no Rio de Janeiro e a família “estão bem”, depois de terem sido vítimas de um “assalto à mão armada” na sua residência oficial, este sábado de madrugada.
“Confirmo que infelizmente houve hoje [sábado] um assalto à mão armada (…) à residência do nosso cônsul-geral no Rio de Janeiro, de que foi vítima o cônsul-geral e familiares, felizmente sem consequências pessoais”, afirmou Augusto Santos Silva.
“Não houve nem exercício de violência, nem feridos, mas foram furtados vários bens pessoais do senhor embaixador, que é o nosso cônsul-geral no Rio de Janeiro”, acrescentou o ministro.
“Eu falei com o senhor cônsul-geral há coisa de meia hora [ao final de noite] e, portanto, posso confirmar que ele está bem e que houve infelizmente esse assalto e que o assalto foi à mão armada, por um grupo de homens, e em resultado disso há a lamentar o roubo de vários bens”, reiterou.
“O cônsul-geral e a sua família estão bem, já recuperaram do mau bocado por que passaram” e agora a “polícia brasileira está já a tomar conta da ocorrência e a tentar descobrir os culpados”, disse Augusto Santos Silva.
“A polícia brasileira já procedeu aos primeiros inquéritos, o nosso cônsul está a colaborar com a polícia e esperemos agora que sejam realizadas as diligências e as investigações necessárias”, concluiu o ministro.
Também o embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos, indicou à Lusa que o cônsul e a sua família tinham sido libertados e “estão bem”.
Segundo o jornal “O Globo”, a Polícia Civil já esteve no local para a realização de perícias e está agora a investigar o caso.
Aos agentes da polícia, testemunhas disseram que os assaltantes não sabiam que ali funcionava o consulado, acreditando tratar-se apenas de uma mansão.
Segundo o depoimento de uma vizinha, citada pelo jornal “O Globo”, todos os reféns foram mantidos numa das divisões da residência sob a vigilância de dois dos assaltantes por cerca de 50 minutos.