
Adeus controlo da Covid-19: Madeira junta-se aos países que aliviam restrições
Quatro países europeus já decretaram o fim das regras para combater a pandemia: Inglaterra, Irlanda, Holanda e Dinamarca.
É o primeiro passo para a liberdade
A partir desta terça-feira, 1 de fevereiro, a Dinamarca já pôs em prática o levantamento das restrições aplicadas no combate à pandemia de Covid-19. A patologia viral deixou de ser considerada uma doença “crítica” em quatro países europeus e outras regiões também já decretaram o levantamento das medidas de contenção, a acontecer nos próximos dias.
“Estamos prontos para sair da sombra do coronavírus, despedirmo-nos das restrições e saudarmos a vida que tínhamos antes. A pandemia continua, mas já passámos a fase crítica”, declarou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
As máscaras deixaram de ser obrigatórias em espaços fechados e transportes públicos, assim como deixa de haver limitação de horários em restaurantes e na venda de bebidas alcoólicas neste país. A apresentação do certificado de vacinação também deixa de ser obrigatório, os limites à lotação das lojas termina e as discotecas reabrem.
Tal como acontece em Portugal, na Dinamarca também o número de novos casos tem atingido números recorde, situação que não travou o fim dos condicionamentos impostos: “Pode parecer estranho e paradoxal que eliminemos as restrições com os níveis atuais de contágio, mas devemos olhar para outros números. Um dos mais importantes é o dos doentes graves e essa curva baixou”, disse ainda Mette Frederiksen.
Na Madeira, as regras de controlo da pandemia também começam a ser atenuadas a partir desta terça-feira, 1 de fevereiro. Só os cidadãos infetados vão ser obrigados ao cumprimento do isolamento. Deixa de ser exigida a quarentena aos contactos de risco, mesmo que não tenham qualquer dose de vacina. A vacinação completa passa a ser apenas decretada depois de administrada a dose de reforço.
França também já apresentou o calendário de levantamento de restrições que se iniciam esta quarta-feira, 2 de fevereiro. “Esta vaga excecional ainda não acabou, mas a situação está a começar a evoluir favoravelmente”, afirmou o primeiro-ministro Jean Castex. O teletrabalho deixa de ser obrigatório e o uso de máscara ao ar livre também. O certificado de vacinação passará a ser exigido para entrar em restaurantes, cinemas e outros espaços públicos, acabando com a limitação de lotação de eventos culturais e desportivos. A meados de fevereiro os bares e discotecas reabrem e volta a ser permitido comer e beber em teatros e estádios.
O próximo país europeu a levantar as restrições será a Áustria, na próxima segunda-feira, 7 de fevereiro. “Chegou-se à conclusão de que o confinamento de pessoas não vacinadas só é justificável em caso de ameaça de uma sobrecarga iminente da capacidade das unidades de cuidados intensivos”, avançou o ministro da Saúde, Wolfgang Mueckstein. O país tinha proibido a circulação, exceto quanto extremamente necessária (para trabalhar ou ir ao supermercado), de todas as pessoas não vacinadas contra a Covid-19.
A Bélgica também vai aliviar alguns dos constrangimentos impostos. Os estádios passam a poder preencher 70 por cento da capacidade, as salas de espetáculos até 200 pessoas reabrem e em espaços maiores, a capacidade passa a ser também de 70 por cento. Bares e restaurantes podem funcionar até à meia-noite, mais uma hora do que estava decretado anteriormente. O confinamento de turmas inteiras termina e apenas os miúdos infetados serão obrigados a fazer isolamento. A partir de 1 de março, o governo belga decretou que a dose de reforço deverá ser administrada após cinco meses depois do esquema vacinal estar completo para manter o certificado de vacinação válido.