
Depois de 100 pessoas terem conseguido sair, no domingo, das entranhas da destroçada fábrica da Azovstal, em Mariupol, esperava-se que a operação de retirada de civis continuasse esta segunda-feira. São escassas as notícias que chegam da martirizada cidade, sabendo-se apenas que algo está a atrasar o processo. Entretanto, as autoridades ucranianas conseguiram identificar o primeiro suspeito do massacre de civis em Bucha: Sergey Kolotsey, comandante da unidade da Guarda Nacional Russa. Os principais pontos-chave do 68.º dia de conflito.
– O ministro dos Negócios Estrangeiros russo negou que a Rússia pretenda pôr fim à guerra na Ucrânia a 9 de maio, quando se celebra o Dia da Vitória, apesar de analistas preverem o fim do conflito nessa data. “Os nossos militares não ajustarão artificialmente as suas ações a qualquer data, incluindo o Dia da Vitória”, garantiu Sergei Lavrov, referindo-se à data comemorativa de 9 de maio de 1945 e à rendição nazi aos Aliados, incluindo à antiga União Soviética.
– A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, vai visitar a Roménia e a Eslováquia esta semana para se encontrar com famílias de refugiados ucranianos, trabalhadores humanitários, militares norte-americanos e funcionários da embaixada dos EUA.
– Algumas unidades de elite russas, incluindo as chamadas Forças Aerotransportadas VDV, sofreram grandes perdas na Ucrânia e a Rússia poderá levar anos para reconstituir essas forças, declararam os serviços de informação britânicos.
– A Rússia retomou os bombardeamentos da fábrica de aço Azovstal, em Mariupol, logo após a partida dos autocarros que retiraram civis da fábrica, revelou, ao “The Guardian”, um assessor do presidente da câmara da cidade. A operação de evacuação ia prosseguir esta segunda-feira, mas está a sofrer atrasos.
– O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yair Lapid, condenou as “graves declarações” feitas pelo seu homólogo russo, Serguei Lavrov, que afirmou que, tal como o presidente ucraniano, Adolf Hilter “também tinha origens judaicas”.
– “Não via a luz do sol há tanto tempo“, disse Natalia Usmanova, uma das cerca de 100 pessoas resgatadas, no domingo, das entranhas da destroçada fábrica da Azovstal, em Mariupol. Cerca de mil civis continuam a sobreviver neste complexo industrial da era soviética, onde está, também, o último reduto da resistência ucraniana naquela importante cidade estratégica, o conhecido batalhão de Azov, com ligações à extrema-direita.
– A presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse esta segunda-feira, em Varsóvia, que a União Europeia (UE) se deve “comportar de maneira semelhante” a Washington, no que respeita às sanções contra Moscovo.
– A Polónia está preparada para ser totalmente independente do petróleo russo, estando ainda disposta a ajudar outros países que decidam suspender a importação deste combustível.
– O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que meio milhão de ucranianos foram “levados ilegalmente para a Rússia” e que, por isso, os civis que ainda estão na fábrica siderúrgica Azovstal estão com medo de sair.
– A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, anunciou esta segunda-feira que as autoridades já identificaram o primeiro suspeito do massacre de civis em Bucha: Sergey Kolotsey, comandante da unidade da Guarda Nacional Russa.
– Os militares ucranianos afirmaram esta segunda-feira que a Rússia reposicionou algumas das suas forças do porto de Mariupol para se juntarem à ofensiva no leste da Ucrânia.
– A ONU confirmou esta segunda-feira que pelo menos 3153 civis morreram e mais de 3000 ficaram feridos em pouco mais de dois meses de guerra na Ucrânia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores.
– A cidade de Odessa foi atingida por mísseis. Um edifício religioso ficou danificado. O governador local Maksym Marchenko disse que há mortos e feridos.
– Os militares ucranianos confirmaram que as suas forças recuperaram o controlo de várias localidades a norte e leste de Kharkiv.
– O primeiro-ministro, António Costa, vai reunir-se com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal, na quarta-feira, por videoconferência, tendo as conversações como temas centrais as relações bilaterais e a guerra provocada pela invasão russa da Ucrânia.