
O Botafogo recebeu e venceu o Fortaleza (3-1), em jogo da sexta jornada do Brasileirão. Foi o primeiro triunfo em casa, no estádio Nilton Santos, e o Botafogo até começou a perder.
Moisés (14’) colocou o Fortaleza em vantagem, mas depois marcaram Erison (42’), Patrick de Paula (89’) e Danilo Borges (90+5’), levando o clube para o 4.º lugar.
O treinador Luís Castro louvou a paciência dos adeptos no apoio à equipa para conseguir a reviravolta. O Fortaleza é último, com um empate e 4 derrotas.
«Foi confuso o jogo, não foi? Difícil, muito difícil. Já sabíamos com quem íamos jogar. Não íamos jogar contra o último classificado, íamos jogar com a equipa que no ano passado ficou em quarto no Brasileirão e para esta época até se reforçou», disse Castro.
O treinador teve ainda resposta curiosa quando lhe perguntaram porque não tinha colocado em campo o avançado Matheus Nascimento quando a equipa estava em desvantagem.
«Parece que há questões pré-instituídas no futebol: estás a perder, mete um nove. Estás a ganhar, mete um central. O jogo, muitas vezes, pede outras coisas. Se nós não damos amplitude ao jogo e colocamos o Matheus Nascimento, e ficamos com quatro na frente, com Diego, Victor, Matheus e Erison, quem serve esses homens? Outra questão instituída: ouve-se ´oh burro, mete um avançado´. Muitas vezes vou ser burro. Mas e quando fizer isso e não ganhar o jogo?
Castro teve há semanas uma declaração curiosa, após um empate em casa com o Juventude, dizendo que a equipa tinha de aprender a jogar com o apoio dos adeptos. Este domingo voltou ao tema.
«Também tivemos ajuda dos adeptos. Em momento algum nos desesperaram, mesmo nos momentos mais difíceis apoiaram a equipa. Entenderam o que tínhamos de fazer», explicou, deixando ainda críticas ao relvado:
«É muito difícil fazer coisas neste relvado. É impossível jogar em relvados como esse. Temos os nossos defeitos, às vezes estamos mal, mas acho que o relvado está pior que nós.»