
Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, afirmou esta segunda-feira que os países da União Europeia não devem depender da importação de gás russo.
“Não podemos continuar a financiar esta guerra com os nossos pagamentos”, disse Metsola, num seminário dedicado ao Dia da Mulher, que contou com a participação de três deputadas do Parlamento ucraniano.
A presidente do Parlamento Europeu relevou que “nas próximas horas e dias” deverá haver novidades sobre o tema da energia, salientando a necessidade de “aumentar as sanções” contra o governo russo. “Teremos de tomar medidas difíceis”, acrescentou.
Esta terça-feira, os eurodeputados vão debater sobre o “aumento dos preços da energia e a manipulação do mercado do gás”.
Roberta Metsola reforçou a necessidade de que a guerra na Ucrânia seja o tema central da sessão plenária desta semana, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França).
Momentos antes, na abertura da sessão plenária, no hemiciclo, a presidente do Parlamento Europeu exortou o Kremlin a parar de “intimidar os manifestantes [russos] e libertar imediatamente os que foram detidos”. “Eles também podem causar pressão à Rússia”, referiu minutos depois, no seminário.
A presidente do Parlamento Europeu voltou a reforçar aos jornalistas que a instituição concorda com o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia. A mesma posição se aplica também à Geórgia e à Moldávia.
“É para ter a garantia de que a Ucrânia continua na sua perspetiva europeia e procura a segurança e a liderança política na Europa. E não noutro lado qualquer”, disse.
No mesmo seminário, três deputadas do Parlamento ucraniano, de partidos distintos, colocaram pressão do lado da União Europeia, para aumentar as sanções e intervir no espaço aéreo ucraniano.
O secretário-geral da Nato disse, numa conferência de Imprensa em Bruxelas, na semana passada, que se a organização tivesse aviões a operar na Ucrânia acabaria com “uma guerra total na Europa”.
“Não finjam que não vos vai afetar. Temos de aceitar a realidade”, afirmou Inna Sovsun, do partido ucraniano Holos. “No pior dos cenários, se ele [Vladimir Putin] ocupar a Ucrânia, não vai parar na fronteira polaca”.